Eu me sentia na obrigação de voltar aqui. Mais do que na obrigação, na vontade mesmo. Muita vontade. Toda noite, antes de deitar, fico pensando no dia que se passou e sempre pensava: isso daria um belo post! Mas sempre me faltava tempo. Tempo e meios para postar, já que estou sem internet em casa e no trabalho, é um computador para 3 pessoas. Mas a vida estava passando e eu não estava deixando nada registrado. Então vou tentar voltar aos poucos.
Nesses 7 meses muitas coisas aconteceram. Umas boas e outras ruins. Não vou me lembrar de tudo, mas do que marcou estão:
- Mateus entrou de vez na escolinha. Foi em março, ele estava com 3 anos e 2 meses e se adaptou super bem porque estava cheio de vontade de estudar e eu, que já havia visitado algumas escolinhas com ele, sempre ouvia: mamãe, quando eu vou para a”colinha”? Desde o primeiro dia ficou sozinho, sem chorar. Escolhi uma escolinha que fosse perto da casa da minha mãe (porque ele passa o dia lá), que fosse de médio porte (as escolinhas de pequeno porte me pareceram um tanto amadoras, e as de grande porte poderiam assustá-lo) e que tivesse um sistema de ensino bom (no caso desta, Sistema Mackenzie).
Também contou positivamente o número de alunos por sala (13) e o número de tias (2 por turma). Outra coisa de que eu gostei muito é que, apesar de ser uma escola religiosa, não ensinam a religião deles (protestantismo), e sim, ensinam valores e o cristianismo como um todo.
Porém, como tudo tem dois lados, o lado negativo da escolinha é que tem muito evento. Só esse ano já foram três teatrinhos e toda vez que isso acontece gastamos rios de dinheiro com o evento, fantasia, etc.. Gastamos uns 30% a mais no valor da mensalidade em cada evento... como as coisas lá em casa andam apertadas, isso é suficiente para atrapalhar todo planejamento com os gastos mensais... Fora isso, apesar de extremamente tímido, Mateus está evoluindo bastante: reconhece várias letras do alfabeto, reproduz algumas (inclusive a sua, M). Eis o primeiro boletim da escola:
“O Mateus chegou à nossa escola no meio do trimestre. A sua chegada à nossa escola trouxe muitas alegrias e expectativas à nossa turma em conhecer um novo aluno. Sua chegada foi tranquila, sua adaptação foi excelente. Durante o período em que observamos o Mateus, percebemos que ele é um aluno organizado, cuida dos seus pertences pessoais, colabora na organização da sala. Curte o momento da história, gosta da hora do lanche, sempre quer compartilhar o lanche com os colegas, gosta de cantar. É um aluno tranquilo e carinhoso. Porém é muito tímido, mas tem um bom convívio com seus colegas e professores.
Apesar de estar conosco há pouco tempo, ele já conhece a primeira letra do seu nome, as cores amarela e vermelha, possui noções de tamanho e conceito maior/menor, em cima/embaixo, igual/diferente, grande/pequeno e identifica a forma geométrica círculo.
Sua coordenação motora fina e grossa é ótima! Rasga papéis de tamanhos variados, anda em linha reta, engatinha, sobe e desce escada.
Com base nos objetivos trabalhados no trimestre, foi possível observar que o aluno Mateus apresenta bom desenvolvimento nas aulas de inglês. Realiza todas as tarefas passadas em sala. É um aluno calmo, interessado e um pouco tímido.
Participa com interesse tanto das aulas de Ensino Religioso como de Música. Reconhece a Bíblia como livro de Deus. Reconhece diferentes ritmos. Cumpre as tarefas, interage com os amigos, obedece aos comandos. Tem um bom desenvolvimento cognitvo.
Terei muita alegria em estar ao lado do Mateus no caminho do aprender e em ser sua professora.
A minha expectativa durante o decorrer do ano é que o Mateus tenha um crescimento significativo. Agradecemos aos pais por confiar em nossa escola e em nossa equipe.
MATEUS, VOCÊ É UM ALUNO NOTA 10!”
Por favor, limpem a baba da mamãe aqui!!! (Vou ficar devendo as fotos dele na escolinha porque o computador aqui não reconhece a máquina e eu não consegui baixar as fotos).
- Outra coisa que nos marcou foi o falecimento da minha querida avó paterna, em abril. Ela já estava debilitada devido a um problema cardíaco e um tanto desgostosa com a vida que andava levando, sem poder fazer esforço, trabalhar... faleceu em casa, em um domingo pela manhã. Deixou muitas saudades e sempre que me lembro dela penso com carinho... levei Mateus ao velório. Não sei se fiz certo, mas acho que a partir de uma certa idade a criança deve começar a entender certos tipos de coisa. Não acho certo mentir para acriança dizendo que o ente querido “viajou” porque senão toda vez que alguém precisar viajar a criança pode entender que não vai mais voltar. E como ando viajando bastante a trabalho... Bom, ele se comportou direitinho, expliquei o que tinha acontecido. Porém, agora ele vive me perguntando se a Bisa (materna) vai morrer, se eu vou morrer... Outro dia ele pegou na minha bolsa a foto da minha falecida avózinha, olhou e falou: “mamãe, to com saudade da vó “cáninha” (carminha)”. Como acredito em vida após a morte, expliquei para ele aquilo em que acredito, numa linguagem para “crianças”. Ele se mostrou satisfeito com a explicação e demos o assunto por encerrado...
A Bisa Carminha no aniversário das crianças, em janeiro, ao lado do meu pai, minha madrasta com a Clara e meus irmãos:
2 comentários:
que bom que vc voltou!!!
Estou muito feliz mesmo com seu retorno, Élen! Sinto muito pela sua avó, querida, sei como é difícil perder alguém que a gente ama. E que bom que o Mateus está se adaptando bem à nova escola, nem dá pra acreditar que ele já está com quase 4 anos, hem?? O tempo voa!
Beijos nos 3!
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